Transcendentes

Eles se olhavam sorridentes e com um certo fervor magnético, uma pitada de cumplicidade. De repente se atraiam e se beijavam. Isso acontecia sempre que se viam.
Essa é a historia que B. e T. dividem, há quase oito anos.
Eles não vivem juntos, mal se encontram. Não têm essa necessidade. O que sentem um pelo outro está além do compromisso.
No final da noite o beijo de despedida deixa a duvida de, quando e como, será o próximo encontro (?!). As lembranças do que passou alegram suas mentes... “Foi bom! Sempre é bom!...e por que ainda não estamos juntos?!” Questiona-se B. consciente de que não é, realmente, uma pergunta, pois - isso ela sabe - está mais para uma frase continua: “Porque nós estamos juntos, mesmo distantes... Porque sempre voltamos um para o outro, de modo sempre melhor” (...)
(...) Ambos aguardam (...).