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Não consigo dormir. Algo me incomoda.
Talvez esteja desconfortável dentro do meu próprio corpo. Esse monte de carne com um túmulo dentro, onde, há tempos, jazia um amor vagabundo que morreu de overdose e, ao qual hoje, só restam os pés.
A minha vida toda só vi pés.
Pés desordenados que achavam que sabiam onde pisar;
Pés calejados, cansados de errar;
Pés indo embora, deixando-me novamente só com o meu caminhar.
De tantos e todos os pés me faltaram os corpos com suas almas, seus sentimentos.
E é só;
Pés, nada (anda) mais (...)

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