Sem amor, Sem um bom título


“Após um piquenique regado a doces e lanches, ela adormecera em seu colo. Ele a observava. A brisa leve que despenteava aos poucos seus longos cabelos, o quase sorriso que dominava sua face.
Com o que ela sonhava?

O amor deles era estranho, ela o amava e ele amava não estar sozinho. Amava-a por obrigação, porque amar estar acompanhado automaticamente o fazia ama-la, ou pelo menos não odiá-la.”

Não me conformo, mas hoje é normal: amar apenas não estar só. As pessoas não valorizam mais a compatibilidade, vai ver é por que assim seja mais simples lidar com o fim – quando a pessoa não desperta em você amor, apenas o companheirismo.
“Adeus!” E logo tem outra pessoa ocupando o que fora seu lugar, sem muitos critérios de seleção. Triste.

Desculpem-me por ser démodée, mas eu só amo o que me faz querer, o que me aguça, me desperta ou me faz sonhar. Odeio estar só, mais odeio mais ainda me sentir vazia com uma ignorável companhia.
Piegas? Não me importa.

Fiquem aí com o seu amor de tanto faz enquanto eu prezo pelo que me desfaz e refaz (...)

Comentários

  1. As vezes me vejo assim.
    Mas tudo o q começo a amar me da medo, pq tudo q tem um começo tem um fim.
    Por isso fico assim... Alone forever! hahahha
    É ruim ficar só.

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  2. Vivemos num momento em que o "Eu Te Amo" é banalizado, é dito como um "oi". Junto à isso, temos essa de algumas pessoas estarem juntos apenas para não ficarem sozinhas. Talvez por medo de que, caso se apaixonem, sofram muito com o fim.
    O que não tem essência, de nada serve.
    Gostei do texto e do blog, estou seguindo!

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  3. "O amor nada mais é do que um agrupamento bagunçado de carência, desespero, medo da morte, insegurança sobre o tamanho do pênis e a necessidade egoísta de colecionar o coração de outras pessoas."

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