Baby it’s you ♫

Fitando a parede, Anne estava imersa em seu próprio universo. Lembrava repetidamente das palavras que ouvira aquela noite, ao ser profundamente ferida pela única certeza que já tivera na vida.

“–Eu gosto muito de você, você é especial, mas nós queremos coisas diferentes...
– O que quer dizer com isso?
– Quero dizer que se eu quisesse alguém no momento, esse alguém seria você (...)”

Que nó no peito era aquele?! Sentia como se o amanhã agora fosse apenas um vazio e um desconexo ponto de interrogação. Nunca se interessara por alguém daquela maneira, nunca havia sentido aquela certeza de estar onde gostaria de estar, e, de repente: nada mais...
Nada mais pra lembrar, nada mais para fazer, mas muito, muito para lamentar.

Seu celular começou vibrar tirando-a do transe:

*Numero Desconhecido*

“–Alô?!
– Desculpe te ligar essa hora, mas foi o único momento que encontrei pra você me notar... Há muito andava ao seu lado, tentando dar-lhe amor, mas parece que você pertence ao lado de outro alguém, pena, pois não te faria chorar... Agora vou embora, mas compartilho a dor com você; ambos perdemos o chão. Tente pensar que nada é em vão... Agora, querida, deixo-lhe com a dor; vou embora com a solidão (...)

*TuTuTu...*
Confusa e ser saber em que mais pensar, deitou na cama, virou de lado e dormiu. Talvez aquilo fosse um pesadelo. Talvez pra voltar a sonhar tivesse de esperar o Sol nascer, o despertar e outro dia começar (...)

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