Por Serafina e seus melodramas patéticos

Eu encontrei alguém legal, estamos juntos há uns dois meses. Nos demos bem logo de inicio, na primeira conversa e, ambos talvez tenhamos nos precipitado imaginando que juntos seriamos felizes. O problema é que deveriamos ter nos questionado melhor antes no motivo pelo qual nos identificamos tanto. Ele nem tem os mesmos gostos que eu, e eu jamais corresponderei a certas espectativas dele, mas queriamos as mesmas coisas no mesmo momento. Queriamos alguém que nos valorizasse, que nos desse o prazer de uma suave e, ao mesmo tempo, intensa companhia. O meu erro foi deixar de refletir sobre o por que nos encontravamos, magicamente, com o mesmo querer e na mesma hora. Resposta que obteria em uma simples divagação fumando um cigarro ou fixando uma parede qualquer: talvez ele tenha amado como eu, tenha cansado como eu, tenha se conformado em não ter de quem desejava, a mesma importancia que era oferecida. Pimba. Matei a charada da forma mais complicada, porque preferi viver em vez de divagar, e vivendo me envolvi. É muito complicado perceber, de repente, que não foi só você que permitiu-se viver e tentar de forma diferente, reciproca. Mais dificil ainda é perceber que você só reconhece tais sentimentos de "não esquecimento" da outra pessoa, porque também os possui. O caso é que nessa loucura toda, eu sou egoísta e exigente e não aceito ser o prêmio de consolação de alguém que não conquistou quem mais amou na vida. Não quero ser o que eu quase o fiz ser também. Quero ser a pessoa especial que consegue ser amada pela pessoa especial. É muito triste viver de consolo após doar-se tanto, chega a alcançar um imensuravel grau de injustiça. Pra você e pra mim. Por isso estou pensando em terminar - ambos amamos outra pessoa.

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