Infindado

Marisa musicando
Um gole seco na bebida e uma recordação inacabada
Tão sem fim que, pudera! Cada adeus não é adeus
Apenas a certeza de que recomeçaremos logo ali
Você sem saber ficar e eu sem querer te deixar partir
Vivi tanto sem você, respirei, comi
Cada fim de noite uma amnesia involuntária
Tento desenfreadamente prosseguir, enquanto você só se faz de recomeço
Um suspiro e estremeço
Até quando, senhor? esse vai-e-vem que não convém
O passo não dado
Perdão, amor, amigo e afago
Me afogo, engasgo
Vista sua carapuça e sua cara de pau, tanto faz! O escambau!
Só se deite aqui, repouse, me faça acreditar, gozar, voar longe
Só não me acorde com um "olá, quem é você?"
A vida não é filme e, meu caro, se eu te matar você vai morrer
Assine esse cheque de uma vez, sua recusa já se faz ridícula
Seu baralho já não tem mais carta coringa
Largue essas pequenas doses, me tire da estante, sou a sua mais refinada pinga
E, se for pra acabar, que seja com dois embriagados
Não com a sua falta de linearidade ou meus devaneios
Chega logo com esse fim que eu te encaminho aos meus meios
Grata.

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